A vida é um ciclo de dar e receber, desenvolvimento e mudança. O “objecto encontrado”, um resíduo do mundo materialista, aguarda indolentemente a sua fadada destruição, renovação ou metamorfose. Uma sobra como lembrança de uma presença humana, testemunha do tempo que passou. Os objectos encontrados despertam a minha percepção. Estimulam a minha curiosidade e brincam com a minha imaginação. “Sobras” disturbam rotinas, hábitos e normas.

A transformação destes objectos encontrados, assim como os padrões do dia-a-dia, são pontos de partida para o meu trabalho. O processo alternado de experimentação / reflexão conduz-me à peça final. Eu reajo aos objectos e fragmentos do dia-a-dia com intuição. Deixo-os perturbarem a minha rotina diária. O modo como se olham os objectos e valores na sociedade começam estão a ser questionados.