A minha memória especial em criança é de quando eu me sentava à mesa à espera do o jantar e olhava para o lustre laranja pendurado acima da mesma. Lembro-me claramente do lustre iluminado brilhando sobre a mesa de vidro transparente e a luz sobreposta criando formas discretas. Era um ritual sagrado observar esses padrões antes da refeição. Criava histórias sem fim olhando para as essas formas complexas. Tudo começava com a observação das coisas. Às vezes descobre-se novas qualidades em coisas familiares quando se olha de perto. Circuito, resistência, cano. Eu relacionava intimamente esses elementos familiares para criar um “algoritmo”. Este algoritmo não tinha um propósito funcional, mas, olhando para a forma final, podia-se imaginar uma história interessante.